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Essa talvez seja uma das perguntas mais dolorosas depois de viver um relacionamento com um narcisista: “Ele sente remorso?”
A resposta que você está prestes a ler pode doer, mas também pode libertar. Porque quando a gente para de esperar arrependimento de quem nunca soube o que é empatia, começa o processo real de cura.
Você passou por tudo. O encanto, a manipulação, as promessas que nunca se cumpriram, o amor que parecia intenso demais para ser mentira — e, no fim, a frieza, o desprezo, o silêncio. O descarte. E mesmo depois de todo esse turbilhão, existe um fio de esperança dentro de você. Um desejo de que, no fundo, ele sinta. Que ele entenda, nem que seja tarde demais, o mal que causou. Que tenha alguma consciência. Mas será que isso acontece?
A verdade nua e crua é: o narcisista não sente remorso como você sente. E entender isso muda tudo.
Remorso exige consciência. O narcisista não tem.
Vamos começar do começo. Remorso é um sentimento profundo de culpa e arrependimento por ter ferido alguém. É um peso que se carrega no peito, uma angústia que grita por reparação. Quem sente remorso se responsabiliza. Procura corrigir o erro, pedir perdão com verdade, mudar atitudes.
Mas o narcisista vive numa bolha psíquica onde ele é a vítima, sempre. Ele distorce a realidade para que tudo seja culpa do outro. Ele mente para si mesmo. Ele se justifica. Ele foge da dor da autopercepção. Porque reconhecer que causou sofrimento implicaria em admitir que ele não é tão grandioso, tão perfeito, tão “bom” quanto acredita ser.
A culpa, pra ele, não é um sentimento. É uma arma. Ele joga culpa em você. Ele a usa pra te manipular, te confundir, te enfraquecer. Mas ele mesmo não se sente culpado. Ele pode fingir arrependimento, sim. Pode até chorar, implorar, escrever mensagens longas dizendo que mudou. Mas tudo isso tem um objetivo: reconquistar o controle. O que ele sente não é remorso — é perda de poder.
Mas ele dizia que me amava. Como alguém que ama pode não sentir culpa?
O narcisista diz o que você precisa ouvir. No começo, ele te estuda. Aprende seus sonhos, seus traumas, suas inseguranças. Ele sabe exatamente como se mostrar o homem ideal. E você acredita — porque amar é confiar.
O problema é que o que ele chama de amor não tem nada a ver com o amor que você conhece. O amor dele é interesse. É posse. É necessidade de controle. Quando você não atende mais às expectativas dele — quando cobra, questiona, se impõe — ele se sente atacado. E te pune. Ignora. Ridiculariza. Trai. Despreza.
E mesmo diante de tudo isso, você ainda se pergunta se ele sente alguma coisa. Porque a sua dor é tão grande que parece impossível que o outro esteja ali, vivendo a vida, sorrindo nas redes sociais, se envolvendo com outra, como se nada tivesse acontecido.
É como se você estivesse no chão e ele tivesse simplesmente... seguido em frente.
A frieza do narcisista não é casual. É parte do padrão.
Narcisistas são mestres da desconexão emocional. Eles conseguem fazer coisas cruéis e dormir em paz. Por quê? Porque não se conectam verdadeiramente com o outro como ser humano. O outro é um objeto. Um instrumento para se sentir especial, admirado, poderoso.
E quando esse objeto não serve mais, ele é descartado — como quem troca de roupa. Sem culpa. Sem empatia. Sem dor.
Você, por outro lado, sente tudo. Porque você é humana. Você se entregou de verdade. Você construiu planos, criou laços. E é isso que torna tudo tão cruel: enquanto você quebra por dentro, ele já partiu para a próxima fonte de suprimento emocional.
Então ele nunca se arrepende? Nem depois que tudo acaba?
Depende. O narcisista pode se arrepender, sim — mas não por ter te machucado. Ele se arrepende de ter perdido o controle sobre você. De ter sido exposto. De ter deixado escapar uma fonte de atenção, afeto e validação. Mas esse “arrependimento” é egoísta. Ele não pensa no seu sofrimento. Ele pensa na falta que você faz no mundo dele. No quanto ele se sentia importante com você ali. No quanto doía o seu silêncio, a sua ausência, a sua força.
E às vezes ele volta. Com palavras doces, com promessas, com saudade. Mas não se engane: ele não volta por amor. Ele volta porque sentiu o baque de não ser mais o centro da sua vida.
O narcisista aprende com o tempo? Pode mudar?
Essa é outra pergunta comum. Afinal, todos nós erramos, e há quem diga que o tempo ensina. Mas no caso do narcisista, a mudança raramente é genuína. Ele pode até frequentar terapia, pode dizer que entendeu tudo, que está em desconstrução. Pode postar frases de autoajuda. Mas o que está por trás disso?
Na maioria das vezes, a motivação é externa, não interna. Ele quer mostrar que está mudando para manter alguém por perto. Ou para recuperar uma imagem. Narcisistas se importam demais com o que os outros pensam. Mas não se responsabilizam de verdade pelos danos que causam. Porque pra isso, seria preciso empatia. E empatia é algo que eles não desenvolveram.
Por que é tão difícil aceitar que ele não sente remorso?
Porque dói demais pensar que você amou alguém que nunca te amou de verdade. Que você se entregou, confiou, acreditou… e tudo isso foi em vão. Mas não foi em vão. Você viveu com verdade. Você foi inteira. Você deu o seu melhor. E isso diz muito mais sobre você do que sobre ele.
A dor que você sente hoje é legítima. Mas ela vai passar. Ela passa quando você para de buscar remorso em quem não tem consciência. Quando você para de esperar cura de quem te feriu. Quando você entende que a libertação não vem de uma resposta do outro — vem do silêncio que você preenche com amor-próprio.
E se ele disser que se arrepende?
Desconfie. Observe atitudes, não palavras. Narcisistas são especialistas em “teatro emocional”. Eles choram, gritam, dizem que vão mudar, fazem declarações públicas. Mas tudo isso pode ser manipulação.
O verdadeiro arrependimento vem com ações. Com respeito aos seus limites. Com mudanças concretas. Com tempo. E, principalmente, com ausência de cobrança. Se ele te pressiona, se te faz se sentir culpada por se afastar, se se vitimiza… isso não é arrependimento. É chantagem emocional.
Você não precisa do remorso dele para seguir em frente.
Essa talvez seja a lição mais importante. Você não precisa que ele reconheça o mal que fez. Você não precisa de um “me desculpa” sincero (que nunca virá). Você precisa apenas se olhar com compaixão. Se acolher. Se proteger.
O perdão verdadeiro não exige o arrependimento do outro. O perdão verdadeiro é um ato de amor por si mesma. É dizer: “eu não merecia o que vivi, mas eu me recuso a carregar isso pra sempre”.
Você merece paz. Merece leveza. Merece relacionamentos onde há troca, cuidado, presença. E isso começa quando você solta a corda da esperança que te prende ao passado.
Conclusão: o narcisista sente remorso?
Não como você espera. Não com a profundidade de quem ama. Não com a dor de quem machuca. O que ele sente é perda de poder. De admiração. De fonte de validação.
E é por isso que você precisa parar de se machucar esperando respostas que nunca virão.
Olhe pra frente. A cura está em você. No amor que você começa a sentir por quem você está se tornando. E essa mulher que você está se tornando… é forte, consciente e livre.
Se você já se perguntou “será que ele realmente se arrepende?”, “será que ele sente algo por mim?”, ou “será que eu fiz algo errado?” — você precisa conhecer o que está por trás da máscara narcisista.
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